Me lembro como se fosse ontem . . .
Logo em minha chegada ao Sul do país, fui carinhosamente agraciado com uma cuia preparada por uma amiga. Até então, a minha experiência com o mate tinha sido através do tereré (ou tererê), quando morei em Cuiabá, no Mato Grosso. Por lá, a bebida é servida com água fria, mas a tradição é praticamente a mesma dos povos do sul da América do Sul. E desde então, o chimarrão passou a fazer parte da minha vida de uma forma muito natural.
Diferente do tereré, o “chimas” é servido com água quente. Além disso, o processamento da erva, a mistura com outras plantas e a opção de tomar também são diferentes. Porém, ambos têm a erva mate como principal ingrediente. E é exatamente sobre ela que vamos falar.
Rico em antioxidantes e vitaminas, o mate promove aumento de energia, melhora o desempenho físico, protege contra infecções, melhora o sistema imunológico e pode diminuir o risco de doenças cardíacas. Estudos indicam ainda, que o chimarrão pode reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL), além de possuir nutrientes como vitamina B1, B6, C, D, E, minerais como ferro, fósforo e manganês. O consumo do mate também auxilia na prevenção de cáries, já que é um chá antibacteriano, inclusive auxiliando nos problemas na pele, como acnes. É consenso entre os profissionais da saúde que o mate contém quase todos os nutrientes que o nosso organismo necessita. Além dos benefícios para a saúde, não poderia deixar de destacar o poder de socialização dessa bebida. Por aqui é normal a galera se reunir em casa ou nos parques durante o dia para jogar conversa fora e apreciar um mate. Considero um momento terapêutico e muito prazeroso.
Mas como nem tudo é perfeito, preciso alertá-los que o consumo excessivo da erva pode causar dor de estômago, insônia, e em alguns casos, taquicardia e ansiedade. Alguns estudos apontam que o mate possa estar associado ao aumento de câncer de boca, esôfago e pulmão.
Então fique atento e não exagere no chimas!