Na segunda-feira (28), Portugal, Espanha e outros países da Europa enfrentaram um apagão massivo que paralisou serviços, causou transtornos e reacendeu um alerta global: a relação direta entre as mudanças climáticas e a segurança energética. O apagão foi causado por um fenômeno atmosférico raro, que gerou oscilações severas na rede elétrica da Espanha — efeito que se espalhou rapidamente para outros países. Segundo especialistas, episódios como esse estão longe de ser casos isolados. Na verdade, eles podem se tornar cada vez mais comuns.
A Península Ibérica já vem sofrendo com extremos climáticos há anos. A Espanha, por exemplo, enfrentou recentemente recordes históricos de calor, longos períodos de seca e incêndios florestais devastadores. Esses eventos desgastam infraestruturas críticas, como as redes de energia, e tornam os sistemas elétricos mais vulneráveis a oscilações e colapsos.
De acordo com fontes internacionais, o fenômeno que desencadeou o apagão está ligado às alterações no comportamento atmosférico, impulsionados pelas mudanças climáticas globais. As temperaturas extremas impactam diretamente o equilíbrio da rede elétrica, elevando os riscos de sobrecarga, falhas mecânicas e perda de estabilidade na transmissão de energia.
Em resumo: quanto mais a temperatura do planeta sobe, mais difícil será garantir um fornecimento de energia seguro e constante.
Além dos riscos à infraestrutura, apagões desse porte trazem prejuízos econômicos, sociais e até mesmo humanitários. Hospitais, sistemas de transporte e serviços básicos são afetados, ampliando a sensação de insegurança e vulnerabilidade.
Estamos preparados para esse novo cenário?
A resposta, infelizmente, ainda é “não” para muitas regiões — inclusive no Brasil, que também enfrenta seus próprios desafios climáticos e energéticos.
A crise na Europa serve de alerta urgente: precisamos investir em redes elétricas mais resilientes, diversificar nossas fontes de energia (como solar, eólica e hídrica), e, acima de tudo, levar a sério o combate às mudanças climáticas.
Se nada for feito, o que vimos em Portugal e Espanha poderá se tornar parte da nossa rotina — e não apenas um incidente isolado nas manchetes.